25/05/2010

Nada além da terra*

A maturidade me confere a certeza
de que inelutavelmente hei de morrer sozinho
o que não me impede de desacatar
toda essa lustrosa pusilanimidade ciorânica
de cujo maldito dogma leguei a "douta" instrução
de que forjei-me um eleito a soçobrar no jorro ocular
caso abrace aflito o que de vida bóia ao meu alcance
e que apesar de aflito e de exausto e da escassez
estendo na palma o que de vida ainda alcanço
a você que não tem nada além da terra firme
que de firme não tem nada além da terra.

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* esboço.

Um comentário:

Poeta Incerto disse...

Muito bom Ricardo . Fico muito feliz e saber que você está bem !!! Parabéns pelo seu texto , ele me leva a crer que você ainda é e sempre será o melhor de todos . Abraços
Saudade de ti !!!