11/01/2008

Kein Platz




Recuperada a auto-estima-ooooooooooooootima-oooooooooooooootima Não porque pus fim à melancolia (deficiência existencial), mas – ora! – sim porque fui bem sucedido no suicídio: todos que me conheciam-oooooooooooooooiam-oooooooooooooooiam*, inclusive os que eu era e em que assinava embaixo, não conseguiram me matar-oooooooooooooooar-oooooooooooooooar


Após o aporte-ooooooooooooooorte-ooooooooooooooorte, um clarão estalou, de chofre, logo não sei precisar se estou simplesmente cego ou se aqui a luminosidade é persona non grata-ooooooooooooooata-oooooooooooooooata Espaçoso aqui E não por se tratar dum lugar dotado de perímetro imensurável, mas por ser um exato não-lugar Uuufa Inferno? Paraíso? Alguém asseverou: “Antes reinar no inferno a servir no céu-oooooooooooooooéu-oooooooooooooooéu” Prefiro não ser nada e não estar em nenhum deles Um lugar que ocupo sempre será infinito, permanecendo eu vazio-oooooooooooooooio-ooooooooooooooio O homem vai tornar-se único quando adequar- equar- equar o vazio à solidão E fiquem em paz que aqui não há nenhum deus carrancudo: só encontrei uma consciência residual, só ela ouço, sem cessar – todavia quem só ouve a própria consciência está fadado à surdez-ez-ez, acresço-esço-esço, não é-é-é, hein-ein-ein?


A lembrança do corte no pescoço retumba-ooooooooooooooumba-oooooooooooooooumba – agora sei que conhecimento não implica harmonia e benquerença Até aqui tenho o irrevogável direito de renovar a relação de rivalidades-oooooooooooooooades-oooooooooooooooades Não sinto pisar o chão-oooooooooooooooão-oooooooooooooooão, mas uma dor na sola do pé-ooooooooooooooé-oooooooooooooooé sobre o expediente dos cacos Decerto- oooooooooooooooerto-oooooooooooooooerto vidros tão suficientes-oooooooooooooooentes-ooooooooooooooentes quanto a medida-ooooooooooooooida-ooooooooooooooida destas linhas que noutrora se destinariam-ooooooooooooooiam-ooooooooooooooiam a atar minha pele-ooooooooooooooele-ooooooooooooooele
.
.
A vida é um retalho se contorcendo de frio, não é mesmo-ooooooooooooooesmo- ooooooooooooooesmo? Não importa-oooooooooooooooorta-oooooooooooooooorta pôr o sol sobre a cabeça se o senhor-senhora não acredita na existência dele-ooooooooooooooele-ooooooooooooooele: vai morrer de frio, boneca-ooooooooooooooeca-ooooooooooooooeca!
.
.
.
__________
________________
* Fi-oooooooooooooofi-ooooooooooooooofiquei esperando, vestido de vendaval, so-ooooooooooooooso-oooooooooooooosob o olhar caolho da lua, sobre o asfalto a transpirar o que o dia de ontem cho-oooooooooooooocho-oooooooooooooochorou; fiquei esperando, estirado, o-ppppppppppppppo-ppppppppppppppo automóvel sob seu controle e desatenção cer-ppppppppppppppcer-ppppppppppppppcerteira
.
Fi-ppppppppppppppfi-ppppppppppppppfiquei esperando, e a única tonelada que passou sobre mim foi a noite