02/07/2009

Nsc

Cansei de percorrer por aí
Seguindo rastros de mundos.
As placas norteiam, ubíquas,
Que estou em sentido contrário.
Ora. Não almejo senso nenhures
Sequer acredito em sinalizações:
Placas só me convencem
Para o apedrejamento.


Não me cativa o onde
Para onde elas apontam.
Placas são para os que seguem
Caminhos por fora.
No átimo azado, não sigo – cego.
Aprendi com os atalhos
Que me seguiam
E se perderam.


Um dia me vi me vendo.
Retenho certeza
Porque ainda estou cego.


Ambigüidade
É pecado da luz.


Adentrei a exclusão.

Palavra minha,
Embrião de demônio mudo;
Silêncio meu,
A rubra pata
Do latido mártir
Que perdoou a poesia.


(da série Engavetados)

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