Insone. Ergo ego. Acometido de entrepausa expendo. E o Dia se enluta e enlata e a rotina rotula – como é cediço. Com uma hora de Vida, traja-se de Morte até que a Onipotência cisque com o sobrolho um sol de vagaluminúsculos (um rol).
Insone. Presto-me. A Mão Áspera arranha a contagem de carneiros desacatando cercarias. Um cochicho bifurcado diz coisas sem nicho. Reitero a mudez – transpiro retórica –, (salva alva calva de palmas, mas más).
Insone. De súbito apalpo imbuído de taciturnidade quilométrica. Sento-me na escadaria franzina. Acareio o seio do binômio Dia/Noite. Centro, motorizado com o tabaco sem grife nem grifo. Acareio a epiderme abatida, abocanhada pelo prendedor por sobre a calvície do bambu bêbado. O telhado da cama de casal encharcado cumpre, adinâmico, a sangria, em síncrono. Retorce, rosna, resiste debalde: a rês – e domada e postergada e ali – há de ser ferida no dúplice dorso, à brasa, há. Depois de demasiado rito catártico: para um qualquer, diletante, gozar cuspe em sua face estoicauterizada.
Insone.
Insone. Presto-me. A Mão Áspera arranha a contagem de carneiros desacatando cercarias. Um cochicho bifurcado diz coisas sem nicho. Reitero a mudez – transpiro retórica –, (salva alva calva de palmas, mas más).
Insone. De súbito apalpo imbuído de taciturnidade quilométrica. Sento-me na escadaria franzina. Acareio o seio do binômio Dia/Noite. Centro, motorizado com o tabaco sem grife nem grifo. Acareio a epiderme abatida, abocanhada pelo prendedor por sobre a calvície do bambu bêbado. O telhado da cama de casal encharcado cumpre, adinâmico, a sangria, em síncrono. Retorce, rosna, resiste debalde: a rês – e domada e postergada e ali – há de ser ferida no dúplice dorso, à brasa, há. Depois de demasiado rito catártico: para um qualquer, diletante, gozar cuspe em sua face estoicauterizada.
Insone.
(Extraído de um dos habitats do cupim)
6 comentários:
Eu já roubei o sutiã de meu marido.
A insônia é muitas vezes uma desculpa para a mente manter-se em pleno exercício de sua loucura! Eu a conheço bem, graças à ela escrevo tanto!
Qualquer mala pode ofertar seu dízimo (ou a mala) a partir de agora!
{{{Aviso extraído da geladeira de um pastor da igreja universal}}}
Puxa Ricardo
Como ficou mórbida e poética essa maldita insônia.
Tá ficando um escritor nato. Parabéns!
Ana Cristina Souto.
eu tenho insônia também.
das boas essa, ein!? rs.
gavetas antigas são o que há. muito bom!
beijos. ;*
RW...
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