31/07/2008

Glória à Esparta!



oooooo(velhice:
oooooooooooooooooooo
ooooooooooestágio mais avançado
ooooooooooda infância bélica.

oooooooooorecrescência
oooooooooodo engatinhar
oooooooooorumo ao precipício
oooooooooohereditário.

ooooooooooooooooo última travessura.

ooooooooo reaprender a engatinhar
oooooooooosobre a pétrea
ooooooooooe escorregadia disciplina
ooooooooo – a macios passos de réu alado.
ooooooooooooooooo(
...Espar
ooooooooo oooooooo[Spártē!]

ooooooooo sê lançado aos lobos
ooooooooo quem resvalar além
ooooooooo do traçado a sangue
ooooooooo pelo infante que lambeu
ooooooooo o próprio vermelho a gosto
ooooooooo antes do aleitamento:
ooooooooo ooooooooao ao cair de boca
ooooooooooooooooosê exemplo, dentição quebrada! –
ooooooooooooooooo no seio de mármore intumescido!).

12 comentários:

Liberté disse...

DO CARALHO!!!

Anônimo disse...

Muito bom Ricardo, aliás, não temos pra onde correr, isso bate um certo... "estamos num caminho sem retorno." Só nos resta aproveitar! Uai!? Beijão procê!

Bianca Feijó disse...

Engatinharemos eternamente!

B.E.I.J.O.S

Anônimo disse...

Preciso aprender a aceitar isto.
Muito bom, Cabeção.
Beijo.

Akira disse...

Muito bom, Ricardo, impactante.

Anônimo disse...

Poxa...
Interessante seu blog.
Já adicionei nos meus favoritos.

Beijão.

Nanda Assis disse...

a definição meis complicada que já vi. porém a diferença é fundamental no estilo.
parabéns!
bjosss...

Samantha Abreu disse...

Tu tens todas as correntes.
E engana-se quem pensa que trata-se apenas de velhice. Não só.
Por que, na verdade, não renascemos, mesmo, a cada queda? É como se cada morte/tombo fosse dentro e para um precipício. E de lá, saímos bebês novamente, alimentados pelo próprio veneno (ou sangue, caso prefira) e ninados pelo próprio pensamento. Porém, muitas vezes (e essa, penso eu, é a parte que vale) mais experientes, mais resistentes... e mais alguma coisa que nunca se sabe o que é, até estar lá e ver.
E posso estar errada, mas o processo queda-morte-renascimento é inevitável, imprevisível e inabalável.
Conseguiste dizer tudo isso de uma forma bela, quase bélica, Espartano meu!

ps: ainda bem que tu não és poeta, porque se fosse... o que seria de nós, né?! rs

Beijo-te.
Amo-te.

Cássio Amaral disse...

Só um poeta ímpar e pancata consegue escrever assim velho. Sou seu amigo seu brother, seu irmão. Mas não posso me refutar a um poema de uma grandeza tão ímpar como esse. As referências, a construção, a genealogia e a coisa cerebral.
Você é fodaço.

Abração.

Anônimo disse...

Lindo , lindo poema sobre a passagem do tempo e as perplexidades que vislumbramos por estes labirintos do "ser"..

Um grande beijo.

Letícia De Martini disse...

Adoro as tuas alternâncias de escárnio/seriedade.
E, lendo e relendo esse poema, fui impactada por reflexões bem profundas.
A discussão, que não é inédita, toma uma forma diferente e amolda-se muito bem à construção que criaste, ao morro de descrever poeticamente o que querias expressar.
Sim, a velhice pode nos atingir de diversas formas. E um "novo engatinhar" é sempre preciso, buscando renovar conceitos, nem que para isso seja preciso ampliar nosso histórico de quedas. O importante é não se deixar estagnar, vestir o escudo e rumar à guerra.

Muito bom mesmo. Beijão.

Izabel Xarru disse...

isso é tão maravilhoso....
tão, tão MARAVILHOSO